
Dia 8 – Segunda-feira, 24/Set/2007
A Cristina acorda antes de mim e, pouco antes da aterragem, vê que os putos do casal que viajava à nossa frente estão a dormir deitados no corredor do avião. Quando uma das hospedeiras tenta passar, há novo momento de elevação espiritual a bordo: a mãezinha indignada diz-lhe para ter cuidado, porque «there's stuff in the way»! 'Tá visto que aquelas 2 almas foram feitas uma p'rá outra...
A chegada a Londres, inicialmente prevista para as 06h acaba por só acontecer às 09h10, mesmo tendo o avião demorado menos uma hora de caminho face ao que era previsto.
Antes de sair do avião e porque somos dos últimos a desembarcar, entretenho-me a arrebanhar dois cobertores daqueles que eles vendem aos passageiros, para ocasiões futuras e para exercitar o meu lado cleptomaníaco, perante o olhar novamente esbugalhado da minha mulher e condescendente das hospedeiras. Foi mais forte que eu...
A Cristina, com uma reunião marcada para as 11h em Milton Keynes, está completamente desesperada e com a certeza de que nem vai chegar a horas à reunião, nem vamos ter tempo sequer para nos despedirmos com calma.
Recolhemos a bagagem de porão e separamo-nos à pressa.
Ela apanha o comboio para Milton Keynes. Eu fico no aeroporto a fazer tempo para apanhar o vôo de regresso a Lisboa. Atiro-me a um café com leite que redefiniu o sentido da palavra “amargo”, enquanto fumo dois cigarros à porta do aeroporto para matar o vício do vôo anterior e amortecer o impacto do seguinte.
A chegada a Londres, inicialmente prevista para as 06h acaba por só acontecer às 09h10, mesmo tendo o avião demorado menos uma hora de caminho face ao que era previsto.
Antes de sair do avião e porque somos dos últimos a desembarcar, entretenho-me a arrebanhar dois cobertores daqueles que eles vendem aos passageiros, para ocasiões futuras e para exercitar o meu lado cleptomaníaco, perante o olhar novamente esbugalhado da minha mulher e condescendente das hospedeiras. Foi mais forte que eu...
A Cristina, com uma reunião marcada para as 11h em Milton Keynes, está completamente desesperada e com a certeza de que nem vai chegar a horas à reunião, nem vamos ter tempo sequer para nos despedirmos com calma.
Recolhemos a bagagem de porão e separamo-nos à pressa.
Ela apanha o comboio para Milton Keynes. Eu fico no aeroporto a fazer tempo para apanhar o vôo de regresso a Lisboa. Atiro-me a um café com leite que redefiniu o sentido da palavra “amargo”, enquanto fumo dois cigarros à porta do aeroporto para matar o vício do vôo anterior e amortecer o impacto do seguinte.
Chove, mas o céu clareia ao fim de um bocadinho.
Vou sentar-me dentro do aeroporto, renunciando voluntariamente a fumar até à hora do embarque, porque mal me aguentava de pé. Não demorou muito a arrepender-me de não poder fumar, mas lá me resignei: os procedimentos para tornar a entrar desencorajam qualquer um.
Em Londres tive de deixar um dos isqueiros, no controlo da segurança. E, ironia das ironias, já no caminho para o avião pude ouvir os alarmes de incêndio do aeroporto, na ala por onde circulava (que não é nada curta, porque dá acesso a uma porrada de salas de embarque) a tocar alto e bom som, mas sem que por isso tivesse havido evacuação daquela ala, atrasos ou acessos bloqueados... Viva a descontracção dos “donos do fogo”.
O avião para Lisboa saiu mais ou menos a horas e nem teve percalços dignos de registo. Poderia ter sido um tédio, não fosse ser isso mesmo o que eu queria - paz e sossego dentro de um avião, para variar. Deu para escrever a maior parte destas baboseiras.
Em Londres tive de deixar um dos isqueiros, no controlo da segurança. E, ironia das ironias, já no caminho para o avião pude ouvir os alarmes de incêndio do aeroporto, na ala por onde circulava (que não é nada curta, porque dá acesso a uma porrada de salas de embarque) a tocar alto e bom som, mas sem que por isso tivesse havido evacuação daquela ala, atrasos ou acessos bloqueados... Viva a descontracção dos “donos do fogo”.
O avião para Lisboa saiu mais ou menos a horas e nem teve percalços dignos de registo. Poderia ter sido um tédio, não fosse ser isso mesmo o que eu queria - paz e sossego dentro de um avião, para variar. Deu para escrever a maior parte destas baboseiras.
Já ao final de um dia agitado de reuniões, preparativos para o trabalho dos dias atarefados que se seguem e viagens de comboio para a frente e para trás entre Londres e Milton Keynes e, mesmo para acabar em beleza, o carro da Cristina decidiu que tinha de demorar 5 minutos a reconhecer o controlo remoto, para desligar o alarme e abrir as portas.
O dia nunca mais acaba. Estamos os dois exaustos, em países diferentes.
O dia nunca mais acaba. Estamos os dois exaustos, em países diferentes.
Foram 7 dias a dormir muito pouco, muito à pressa, a andar que nem uns loucos, a comer mal, rodeados de barulho (e trânsito nos últimos dias), com um jet-lag particularmente nefasto no regresso à Europa.
Mas valeu a pena.
O absurdo que foi tomarmos banho de cócoras nos primeiros 2 dias em N. I..
A noite com o Charles Kelly.
As Cataratas do Niagara,
Os Rápidos do rio Niagara.
A cara da Cristina, enquanto eu comentava as rezas dos Amish.
Os episódios todos no mínimo peculiares que vivemos ou presenciámos.
E por que não, até as dores descomunais nos nossos pés, fizeram a viagem valer a pena.
Mas valeu a pena.
O absurdo que foi tomarmos banho de cócoras nos primeiros 2 dias em N. I..
A noite com o Charles Kelly.
As Cataratas do Niagara,
Os Rápidos do rio Niagara.
A cara da Cristina, enquanto eu comentava as rezas dos Amish.
Os episódios todos no mínimo peculiares que vivemos ou presenciámos.
E por que não, até as dores descomunais nos nossos pés, fizeram a viagem valer a pena.
Já para não falar de outras coisas que não vou aqui relatar, porque são demasiado privadas, demasiado nossas (e nem sequer estou a falar de cenas hardcore).
Agora, estamos de regresso à tranquilidade(?) do lar.
Eu estou a pôr roupa a lavar / estender enquanto escrevo. Seria o orgulho da minha mulher da pachorra infinita, não fosse eu estar a usar o programa mais rápido da máquina, que ela tanto abomina.
Eu estou a pôr roupa a lavar / estender enquanto escrevo. Seria o orgulho da minha mulher da pachorra infinita, não fosse eu estar a usar o programa mais rápido da máquina, que ela tanto abomina.
A Cristina está bem pior que eu: ainda vai a meio do dia dela, para começar novamente cedo amanhã, desta vez na casa “nova” em Londres e seguir para uma jornada de 3 dias de trabalho em Cambridge.
Não sei bem como / se conseguiremos acordar amanhã.
Qualquer dia ganhamos coragem e embarcamos noutra viagem parecida.
Cá estaremos para a ir relatando. Talvez sirva de inspiração (ou aviso) para quem nos lê... :)
Qualquer dia ganhamos coragem e embarcamos noutra viagem parecida.
Cá estaremos para a ir relatando. Talvez sirva de inspiração (ou aviso) para quem nos lê... :)
5 comentários:
Eu leio e nao so quero mais como exijo veementemente.
Relatos absolutamente caricatos, onde a goza da reza foi sem duvida um dos pontos altos...
Abrços e beijijnhos
Foi QUASE TUDO muito caricato indeed.
Acho que se tivesse de recomendar a viagem a N. Iorque a alguém, o faria justamente para observar contrastes e contra-sensos sucessivos e não para alguém se deliciar com a imponência e o aparato que a tornaram famosa.
E prendas pro pessoal?*????????
Prendas prendas, deixa ver: já sei, um humus para o Carlinhos e um risotto para ti enquanto mostramos a nossa infinita seleccao de fotos tiradas em terras americanas (leia-se continente e nao país)...
A Cristina está bem, vivinha da silva, apesar de ter preferido ficar mais 5 minutos na cama do que tomar pequeno-almoço...
ricas prendas, oba oba, já tou com fome e com curiosidade de ver o carlos a regurgitar o humus...
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