quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Nova Iorque para turistas - I


Dia 1: Segunda-feira, 17/Set/2007


Vôo de 8 horas, desde Londres. Meio cigarro fumado à pressa nessa manhã, antes de entrar no aeroporto. Deu para ver o «Shrek 3» no avião e outro filme para "encher chouriços". Passo pelas brasas, para não pensar em cigarros e para me esquecer de que vou estar fechado num avião (odeio voar...) durante uma data de horas, sem me poder vingar no que resta dos pulmões.
Chegámos ao aeroporto pelas 16h locais (21h em terras de gente). Mais meio-cigarro fumado à pressa, enquanto a Cristina nos arranja transporte para o hotel.
Apanhamos um táxi colectivo [leia-se uma carrinha de 9 lugares, com mais 7 marmanjos(as)], conduzida por um espanhol que guiava estilo «bat out of hell» e que nos pôs no hotel em 20 minutos, depois de ter subvertido todas as regras do código da estrada e da cortesia entre condutores (confesso que quase ganhou o meu respeito por isso).
Mas depois pedimos-lhe um recibo pela viagem e veio com a desculpa «Ah e tal, acabaram-se agora mesmo, mas peçam aí no hotel que eles dão-vos o recibo». Perdeu completamente todos os pontos que tinha ganho com a condução desenfreada e tornei a pensar nele como um ser abjecto, por definição de espanhol.
Estamos hospedados no bairro de Chelsea, um belo dum par de quilómetros a Sul do Central Park, no sítio com os preços mais baratos que encontrámos, mas ainda assim demasiado exorbitantes para serem aqui reproduzidos.
Pousámos as malas no hotel (parece que o Andy Warhol era amigo cá da casa e há montes de quadros - de vários artistas - pendurados nas paredes dos corredores todos), fizemos a inspecção de rotina para saber onde era a casa-de-banho (partilhada com os demais 782.343.354 hóspedes deste andar) e fumámos a primeira cigarrada decente desse dia - felizmente, no nosso quarto podemos fumar. Viva a (quase) democracia! ;)
Saímos para jantar e entrámos no primeiro estaminé que encontrámos. Neste caso, um restaurante espanhol («El Quijote») que fica mesmo ao lado do hotel.
Servem-nos doses industriais de paella e frango com amêndoas (parecia um prato chinês, mas deixou-se comer sem grandes protestos). Ficou mais de metade da paella no tacho. Não houve espaço para sobremesas e fomos para a rua para poder esfumaçar (é proibido fumar em todos os bares e restaurantes de N. I.) e passear.
Fizemos algumas compras para o pequeno-almoço do dia seguinte (não temos pequeno-almoço no hotel), apreciámos a fauna local (predominantemente abichanada) e voltámos ao quarto de hotel, onde fizemos os possíveis por adormecer de forma porno-erótica.

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