quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Jardins à beira-mar...


Num acesso de portuguesismo assumidamente saloio e de pequenez "Almeido-Garrettiana", apeteceu-me vir aqui só para dizer que quanto mais viajo, mais gosto da minha terrinha...

Sim, Paris é muito bonito.

Sim, Nova Iorque é muito grande.

Ah, pois, a Holanda tem muitos canais.

E a Alemanha prima pela organização geral.

Já p'ra não dizer que Londres é muito à frente (e uma terra que me deixa verde de inveja, pois tem a minha Mulher por lá a maior parte do ano)....

(Curiosamente ou não, não me ocorre nada de positivo para dizer sobre o pouco que conheço da Espanha, tirando um certo "enclave", ali para os lados de Granada....)

Mas porra, o sossego das ruas de Lisboa e o belo clima que ainda por cá vamos tendo, comparados com a agitação e o frio das outras paragens de autocarro que conheço, não têm preço.

É verdade que «home is where the heart is» e nestes termos, ainda sou apátrida em part-time, porque não estou na "casa" em que gostaria de estar. Para ser «perfeito, perfeito», falta-me cá uma pessoa que eu cá sei. Se tudo correr bem, não há-de faltar muito para estar definitivamente em casa e já na próxima semana vou estar bué "(en)casado".

Mas geograficamente falando e com todos os defeitos que eu lhe reconheço (e não são nada poucos...), das poucas terreolas por onde passei até hoje, esta é decididamente a que mais me "convence".

E quanto mais penso nisto, mais tenho a certeza de que caminho a passos largos para a 4ª idade, de que a tacanhez se apoderou de mim de vez e de que se lá chegar, vou ser um velho ainda mais insuportável do que já sou hoje...

Sinceramente, nem sei porque é que me deu para esta onda de "escárnio e mal-dizer" agora, mas como já está escrito, também não vou apagar.

S. L. B.!
S. L. B.!
S. L. B.! S. L. B.! S. L. B.!
Glorioso S. L. B.!
Glorioso S. L. B.!...

11 comentários:

Tininha disse...

"Home is where people understand you", Hans Christian Andersen... Nao podia concordar mais...
Da quase sempre apatrida...

Stones disse...

Ser apátrida tem uma desvantagem óbvia: por que selecção é que se torce no Campeonato do Mundo?

Mas agora que penso nisso, tem uma vantagem ainda mais óbvia: não se tendo país, não se declara impostos em nenhum, certo?

O drama da escolha complica-se... ;)

Pedro Duro disse...

E se a pátria fosse todo o mundo?

Para mim nao tenho pátria, pois pátria é onde me sentir bem, amado, acarinhado e aceite.

Nem em Portugal tenho lar, pois tanto sou da margem sul, como do geres como de lisboa e nao abdico de nenhuma delas.

Stones disse...

És portanto "um cidadão do mundo" :)

Pedro Duro disse...

Não tenho "mundo", tenho o meu mundo, onde tudo parece ao mesmo tempo melhor ou pior que a realidade.

A realidade é uma treta.

Stones disse...

Ah, é uma "realidade virtual", com a vantagem de não precisares daqueles óculos estilo mergulho.

E é a 3D e tudo?... :)

Pedro Duro disse...

E tem sensibilidade nas maos e tudo...

Tininha disse...

Hoje vinha a cantarolar esta musica quando vinha do banco, achei apropriado por este extracto aqui:

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar, já me perdi.
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.

Stones disse...

Mulher, o teu "passaporte" é bué válido na minha "fronteira" (isto não vai passar sem uma interpretação pseudo-hardcore, mas pronto...), por isso deixa lá o sentimento de exílio, porque as pátrias hoje em dia são bué sobrevalorizadas!... ;)

Explicações disse...

SSSPPPPPOOOOOOOORRRRTTTTIIIIIINNNGGGG!!!!

Só não gostei dessa história de S.L.B.... gggrrrrr!!!! mas enfim ninguém é perfeito!

Pedro Duro disse...

Ola dona Carmen.

Nao sei que és, mas benvinda.

Sobretudo com essa grande qualidade de seres sportinguista.